Pela primeira vez este ano, fiz algo só pra mim, sobre uma coisa que amo pra caramba. Uma coisa grande. E, para as circunstâncias do momento, meio megalomaníacas.
Fui pra São Paulo assistir um workshop sobre como empreender com artesanato. Botei minha mochila nas costas, meu tapa olho na testa e partiu passar a madrugada na estrada!
Como todo bate e volta foi uma correria, mas deu tempo de conhecer o Mercado Municipal antes do curso. Eu fiquei com medo de comer um sanduíche de mortadela gigante e pedi um pão na chapa com requeijão, crente que ia comer algo menor… #sqn apenas descobri que é possível colocar um pote de requeijão inteiro dentro do pão! E, sim. Fica delicioso.
Direcionei minha carrocinha para a Vila Mariana, onde fica a Lobo, espaço delicinha onde aconteceu esse curso e onde acontecem diversas atividades voltadas para o Handmade.
Mais do que participar do workshop em si, eu queria conhecer as pessoas. Foram diversas artesãs de nós mais variados estágios de desenvolvimento na arte de empreender com artesanato.
Se valeu a pena? Simmmmmmm! Galera, as meninas das internets são legais de verdade, cada uma com sua característica e não pensaram duas vezes em compartilhar suas experiências conosco. Cheguei lá para assistir um workshop e no fim, foi uma grande trocação de ideia. Com todos nós compartilhando nossas dúvidas, medos, experiências e alegrias nessa vida louca que é viver de artesanato.
Foi ótimo! Sai de lá com amigas e com muito a agradecer à Simone Figueredo, Marie Castro, Clarice Batu, Karina Mie, Ju Machado. Foi imprescindível ver as diferenças nos trabalhos de cada uma, nas formas de trabalhar, as diferentes realidades. Essa foi a maior lição do encontro: podemos trabalhar em conjunto porque somos tão individuais, tão diferentes fazendo a mesma atividade que não há o que temer, não há porquê nos isolarmos, não nos ajudarmos. E é nesse detalhe que cresce essa energia linda, que o universo Handmade tem. Esse acolhimento insano, essa colaboração conjunta em querer se desenvolver, crescer e espalhar para o mundo.
Nossa, tô aqui nostálgica e utópica, mas é assim que eu fico sempre que falo desse assunto lindo da vida. E eu sei que simmm! Vc muita gente fica com esse quentinho no coração quando fala desse nosso tema.
Fiz amigas não tão famosas também. Dani Oliveira surgir e compartilhou várias novidades e experiências, Clara Acrochego saiu do Rio também pra sentar no meu lado no curso e para ser arrastada para a Vila Madalena por essa doida que vos fala é que ela nunca tinha visto na vida.
Tem algo que eu queria ver a anos na Vila Madalena.
A Novelaria! E pelo amor da mãe! É o lugar perfeito para se descobrir que não conhecemos quase fio nenhum! Tinha fio de algodão, fio de bambu, fio de leite, fio de pipoca (esse eu não tenho mais certeza se era isso mesmo), fio de ovelha, de alpaca, sapo, perereca e rã. Rã, rã. Todos eram tão macios! E com cores maravilhosas, dessas que não vemos por aqui. No mais, a Novelaria em si é uma explosão de criatividade. Tem trabalhos de todos os tipos cobrindo cada pedacinho dos ambientes! É um lugar do amor! Do amor mesmo, fomos super bem recebidas! O lugar é ótimo para se inspirar, tomar um café, bater um papo, aprender novas técnicas e namorar toda aquela sorte de novidade. Vale super a visita.
Saímos de lá em busca do Zuza Armarinhos que fica na rua de trás, mas não tinha energia por conta de um reparo na rede elétrica da rua e ficamos na vontadinha. Fiquei triste… Mas quer saber isso é um bom motivo para a volta! Rá!
Fechei o dia comendo o famigerado sanduíche de mortadela por ali mesmo. E cara! Que coisa boa! Pança cheia, toca para a Rodoviária, voltar pra realidade e planejar o retorno!
Até porque, né… São Paulo tem um monte de armarinhos legais e me chamaram para um Safári de agulhas e fios pela selva de pedra que eu quero muito fazer em um dia não muito distante.
* * *
Edit (29/01/2018): certamente, foi a melhor coisa que fiz ano passado. E estou colhendo frutos lindos agora.